sexta-feira, 10 de setembro de 2010

São nas madrugadas que as melhores coisas acontecem, depois de algumas doses de vodka eu vi passar pela janela coisas que ninguém nunca veria de dia. Vi ladrões, bêbados, amigos, e casais apaixonados. Vi festas acabarem com polícia, brigas e até morte. É triste, eu sei. Mas foi dessa mesma janela que te vi passar pela primeuira vez, eram 2 da madrugada, e você caminhava sem pressa pela minha calçada com um meio sorriso no rosto e uma mochila nas costas.

Não sei de onde vinha e nem para onde ia, mas desde aquela noite, às 2 da manhã eu fico na janela esperando te ver passar, esperando que você me veja e sorria pra mim. Tantas vezes me perguntei se seria gentil comigo caso eu descesse para conversar com você, me perguntei também se eu teria essa coragem, agora vejo que não. Já lhe vi conversando com um amigo, mas não tenho coragem de lhe perguntar teu nome.

Prefiro deixar tudo assim. Talvez você não seja tudo o que espero, ou seja apenas mais um estranho que caminha em frente à minha casa. Isso realmente não importa desde aquele dia que nos cruzamos na rua e você me perguntou o que eu fazia acordada aquela hora da madrugada. respondi com apenas um sorriso tímido. Fiquei sem ar quando me disse que eu tenho um sorriso lindo e pediu meu telefone. Escrevo isso enquanto te espero, amor. afinal, já são quase 2 da madrugada. A janela já está aberta, a brisa acaricia de leve a minha face e os meus cabelos, e eu sei que em poucos minutos você passará com a mochila nas costas, sorrindo e acenando pra mim.

                                                                                        R.

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