domingo, 5 de setembro de 2010

Olhando agora as paredes brancas do meu quarto eu vejo um filme passando, como se eu estivesse sozinha em um cinema. Com as luzes apagadas eu assisto o nosso filme. Aquelas poucas horas que passamos juntos, que fomos realmente felizes, embora só saibamos disso hoje enquanto estamos a milhares de quilômetros um do outro. Só assim eu aprendi a lhe dar valor; com a saudade, que vai me consumindo aos poucos, que me faz ter crises, mas, no final só tenho forças pra chorar.

São essas lágrimas que tiram de dentro de mim a agonia da saudade, a mesma que não demora a voltar, para que mais tarde seja repelida novamente. Da mesma forma que faço agora, enquanto espero que o meu celular toque e a sua voz me fale com doçura e tranquilidade que está tudo bem e que eu tenho que ser forte. Enquanto isso não acontece eu fico aqui; no meu quarto, com as luzes apagadas vendo o nosso filme passar diante dos meus olhos, nas paredes brancas do meu quarto. Etenamente. 

                                                                                                                    R.

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