terça-feira, 7 de setembro de 2010

Chove lá fora. As lágrimas caem do céu com raiva, tristeza, e, ao mesmo tempo com suavidade. Enquanto eu estou aqui dentro, observando, protegida, de tudo e de todos, estou com você. O escuro já não me assusta, também não há os mesmos fantasmas que outrora habitavam a minha casa. tudo é calmo, e claro, como se nunca houvesse tido escuridão.
As velas dão lugar aos vagalumes, que vem com timidez iluminar esse cômodo. Não existem palavras no mundo pra descrever o que estou sentindo, não preciso de mais nada quando te tenho ao meu lado, não preciso de ninguém a não ser você, é um erro, eu sei, mas sei também que não vai demorar pra que você vá embora e, eu terei que ocupar o teu vazio com as outras pessoas que me restam, pessoas que não tem o mesmo bilho no olhar que você tem.

Essas pessoas vão ficar comigo enquanto você está longe, então, quando você voltar, elas já não estarão aqui, e os vagalumes voltarão. Eu sei que estou errando por usar as pessoas, mas quando estou sozinha o tempo passa cada vez mais devagar. Enquanto te espero aproveito esse tempo para relembrar alguns dos nossos momentos felizes. Foram poucos, reconheço, mas mesmo assim se tornaram inesquecíveis de um tempo pra cá, as nossas conversas fortalesceram muito mais o que existe entre nós, e nos une cada dia mais, sinto que existe mais de você em mim do que eu pensava.

 Muitas vezes eu chorei com saudades de você, mas talvez se não fosse essa distância a gente não estaria tão junto. As grandes mudanças psicilógicas nunca foram muito o meu forte, mas hoje su ciente de que elas só vem para o nosso bem, serviu para que eu lhe desse valor e visse o mundo com uma visão mais ampla. Obrigada, amor, por me ajudar, me aconselhar e estar sempre ao meu lado.

                                                                                                                          R.   

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