domingo, 24 de outubro de 2010

Eu sempre estive rodeada, mesmo estando sozinha, e isso me incomodava às vezes. Eu queria sair sozinha, conversar comigo mesma, chorar, lembrar, sorrir, levantar e ir embora. Senti que precisava me afastar de tudo e de todos, do mundo, ir para outro planeta, me refugiar no mais fundo abismo que houvesse dentro de mim, longe das risadas falsas, do barulho dos carros e até do som do vento.

Queria fechar os olhos para o azul do céu, e até para o prata da lua, porque tudo isso acabaria me afastando do meu objetivo naquele momento. Tudo o que eu mais queria era esquecer todo mundo por algum tempo, que seja suficiente para que eu seja minha e de mais ninguém, esquecer o meu autruísmo é fundamental, mas também impossível, sempre pensei e fiz o que fosse importante para os outros, sem parar e pensar em mim, sem me colocar como prioridade na minha vida. Mergulharei no meu inconsciente, sei que lá irei permanecer sozinha como sempre quis. Intacta por toda a eternidade.

                                                                                                                   R.

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