quinta-feira, 28 de outubro de 2010

Está tudo como eu gosto. De pernas para o ar. A porta está fechada, e há 2 dias eu estou trancada no banheiro, não quero que ninguém veja o que me tornei. Há vodka e cigarros espalhados pelo chão, maquiagem na parede, como se fosse uma tela pintada à óleo. Estou fraca, fraca para levantar, caminhar e segur em frente, não sou capaz de tentar esquecer ou simplesmente ignorar o que vivemos até agora, sinto muito pelo que aconteceu, não foi minha culpa se você não sabe dar valor ao que tem, e eu realmente não aguentava mais sofrer por alguém que sequer me respeitava.

 Apezar de tudo isso, o meu sentimento ainda é o mesmo, continua intacto, guardado, protegido. E continuará por muito tempo, agora sei que me sinto melhor assim, sozinha. Não guardo mágoa daquilo que vi, embora tivesse me magoado muito, nunca me passou pela cabeça que você fosse tão egoísta a ponto de não ter pensado em mim quando me deu as costas e abraçou alguém que só vai te usar, como você me usou. Imaginei que os mesmos lábios que me falaram coisas lindas nunca fosse capaz de dizer tudo aquilo que eu ouvi.

Estou abalada, mas ciente de que tudo que fiz nesses últimos dias foi loucura. Que não se compara ao fato de ter acreditado em todas as promessas e tentar realizar os nossos sonhos. Foi loucura deixar de viver para te dar a minha vida, enquanto você a jogava fora junto com as tantas vezes que te falei dos meus sentimentos. Há muito de você em mim ainda, tanto de você quanto da vodka. A única diferença é que eu quero mais vodka.

                                                                          R.

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